Mei Mei foi para Hong Kong
A Mei Mei foi pra Hong Kong e agora? Pois é, meus amigos. Foi tão intensa nossa visita que a gente quer compartilhar algumas impressões com vocês.
Primeira coisa: Como é Hong Kong.
Antes de ir pesquisamos bastante coisa sobre a cidade, onde comer, o que fazer e o que levar e como não ser um idiota..rs. Mas tudo o que lemos tinha a ver com a questão primordial da vida na sociedade moderna: Compras! Como a gente é slow life e não tá nem aí pras marcas badaladas, uma grande parte de Hong Kong se perdeu nesse sentido, mas…uma outra se abriu: as vivências reais, as pessoas e a cultura.
Hong Kong é uma cidade que corre o tempo todo. O custo de vida é alto para quem mora lá. Muita gente tem mais de um emprego pra poder dar conta de vivar ali. Aluguéis exorbitantes e inspirações mercadológicas (compras!) fazem com que quem vive ali esteja o tempo todo preocupado com a sobrevivência. Claro que também a riqueza está estampada na cidade. Basta andar um pouco pelas ruas que você encontra carros maravilhosos, roupas que custam 5 mil reais e glamour.
A comida…bom…um caso de amor e medo. Comi comida típica chinesa sem arriscar muito nas comidas de rua, frituras e espetinhos. Mas cheguei ao ponto de tomar café num lugar que não tinha cardápio em inglês e ninguém falava inglês. Foi um parto, mas foi interessante, porque todos foram muito receptivos e não me ignoraram. Pelo contrário, as pessoas são muito legais com estrangeiro em Hong Kong.
Visitei o The Peak para ver a vista e é realmente deslumbrante. Mas como disse, a natureza está integrada em um dos maiores shoppings da cidade, assim como outros pontos turísticos. Não estou aqui demonizando essa questão, mas não é a nossa pegada, além do que poucas coisas realmente valem a pena serem adquiridas lá.
A infraestrutura da cidade é que é impressionante. Tudo funciona perfeitamente para que você se desloque da maneira mais eficiente e rápida pela. Trens, ônibus, taxis, tudo bem conservado, tudo bem pensado e ágil.
Vale a visita? Vale. Além do que é uma cidade estratégica ali na região e dá acesso a vários países de forma rápida e prática. Recomendamos fazer de Hong Kong um ponto de partida para uma visita ao sudeste asiático.
Segunda coisa: A Feira
A feira na verdade eram 4 feiras. Food Fair com 3 pavilhões. Tea Fair com um pavilhão. Wellness e Beauty com um pavilhão e Home delights com um pavilhão.
Eu nunca andei tanto na minha vida! Mas valeu cada passo, porque tive a oportunidade de conhecer os hábitos chineses em alimentação e cuidados pessoais e o mais importante: como é o mercado de chá chinês e como essa questão é importante.
Por ser uma feira internacional, existiam representantes de alguns países da região como Sri Lank, Índia, Japão, Taiwan e, é claro, a própria China. Nos três dias que frequentei, visitei quase todos os estandes de chá e perguntei tudo o que podia. Tinha muita coisa interessante no detalhe, mas também tinha muita coisa igual ou com pouca diferenciação. Muitos expositores estavam preparados para receber estrangeiros, mas muitos não estavam o que impediu uma aproximação mais efetiva dos dois lados. Infelizmente não falo e não entendo nenhuma palabra em cantonês.
Porém, com quem eu falei e fui convidado a experimentar o chá, pude conhecer as regiões, as histórias, os processos de plantio, colheita e a maneira como tratam seus produtos. Pude também mostrar o trabalho da Mei Mei e recebemos ótimos feedbacks sobre nossa atividade. Vimos que Blend não é o forte do chinês e o foco e tradicionalismo com a camelia sinensis impedem que eles tenham abertura para outras misturas. Quando há, eles colocam aromatizantes e saborizantes (infelizmente). Isso quer dizer que somos sortudos de poder trabalhar com uma gama enorme de ervas nacionais que não precisam de aromas e nem sabores adicionais para poder encantar as pessoas.
Ao mesmo tempo, vimos a importância do chá chinês para a cultura do chá e decidimos que vamos planejar e iniciar um trabalho voltado para essa cultura. Isso foi o mais rico em nossa viagem para Hong Kong. Porque pudemos entrar em contato com empresas que podem oferecer com segurança produtos excelentes que podemos trazer para o brasil e dar a nossa cara.
Outro ponto importante é que arrumamos fornecedores confiáveis de produtos relacionados ao chá. Portanto, não haverá mais desculpa para não usar a erva no dia a dia. Porque os produtos são grandes facilitadores para o consumo de chá e, além de tudo, têm estilo e ótimo design.
Uma das coisas legais é que agora eu (Carlos) sou Tea Sommelier formado pela MingCha de Hong Kong. Mas tem um caminho longo ainda pra que eu aprofunde meus conhecimentos nessa área. Porém, logo logo vou poder mostrar essa vivência aqui para meus amigos e clientes interessados em conhecer um pouco mais sobre a cultura e o ritual do chá chinês.
Mei Mei foi pra Hong Kong
A Mei Mei foi pra Hong Kong, mas quer ir pra muitos outros lugares pra poder conhecer as culturas de chá. Acho que isso é o mais gratificante na nossa atividade.
Agradecemos imensamente a Hong Kong Trade and Development Council representada aqui no Brasil pela Gabriela e equipe. Não temos palavras para agradecer e queremos sempre manter contato para próximas oportunidades como essa.
Adorei! Estava ansiosa para saber como foi. Sucesso…
Sucesso sempre !!!!